Primeiros dias de aula na faculdade de Jornalismo. Fiz algumas amizades com umas meninas doidas. Tudo muito empolgante, regado a pinga com limão.
Mas foi em frente ao bar que conheci um tremendo de um bobão, mas que, com certeza, o seu nome vai estar em livros nas estantes dos mais vendidos. Pensei: com esse jeitinho de falar devagar e escrito Fresno no seu All-Star, esse cara é viado.
De uma frase do revolucionário Che Guevara, surgiu o apelido. Ele pronunciava a frase de modo engraçado. “Terrrrrnura”, era assim que ele dizia. A mais doida das amigas que fiz, disse: “aeee vo te chama de terrr”. O apelido virou uma identidade de Ternura.
A primeira pinga. Em um dia normal de aulas, alguns amigos liderados por Ter decidiram tomar uma com limão. O resultado foi obvio. Entraram na aula com o bafo de cachaça e a cabeça longe da terra. Um deles até gorfou no banheiro. A professora, Marli, ficou chocada com a situação, mas nada fez a respeito.
Em trabalhos da faculdade fui salvo por ele muitas vezes. Sem querer querendo, abusávamos da boa vontade e ‘inteligência’ do Ter. Claro, o cara fazia os trabalhos muito rápido e com qualidade. Aprendi muito. “É eu to terminando o site, você só precisa fazer um texto simples, se quiser eu te ajudo.” Era bem ao estilo Joe Ramone, humilde e eficiente, simples e rápido.
O entrosamento com a galera do futebol (turminha do amendoim) afastou o Ter dos locões. Por pouco tempo. Ter conseguiu unir os loções com os amendoins.
Anos atrás tentamos firmar uma parceria em um projeto de blog que fracassou. A nossa idéia de criar um blog que publicasse textos de filosofias de botecos, até foi posta em prática, mas com o tempo perdemos o foco. Esse era o tão falado “Horizontes-Perdidos”. Uma brisa intensa.
Venho reparando em textos emocionantes, que o Ter escreve. Neles, é possível se sentir em histórias de filmes que passam na tua rua. É fantástico. Os personagens, fragmentos de sua personalidade, aparecem como você gostaria que eles estivessem. Recomendo à vocês que, leiam essas coisinhas e prestem bem atenção no coração de tolo, que o Ter tem. Isso não é uma história é só um comentário.
Arrumou os óculos, tirou o cabelo da testa e disse: “Muleque, vamo cola na Agustera?”
O Cuseiro do Rei
-
O que contam é que em uma manhã de terça-feira o Rei acordou querendo comer
um cu. Ele se levantou exigindo “quero comer um cu” para o Mordomo, que se
assu...
7 years ago
No comments:
Post a Comment