Monday, May 12, 2008

Para onde é que vamos fugir?

Um grito às dez horas da manhã, de uma segunda-feira ensolarada, acordou três vagabundos. Eles, por sua vez, não sabiam o que deveriam fazer. O mais sensato ignorou e continuou a roncar. “ZzzzZzzzzZ.”O louco berrou junto. “Sim, estamos vivos. Vocês vão perder essa guerra.” O sonhador entendeu o grito como uma mensagem, que talvez estivesse codificada. “Quem são vocês? Será que posso ajudar?”
Às dez horas e cinco minutos, da mesma segunda, a sensatez foi acordada pela loucura, que estava dominada por sonhos.

- Todos ouviram?

- Sim.

- Sim.

- Então vamos ajudar eles.

-Você é louco, ajudar a quem? Estamos em meio a uma selva de pedra, aqui ninguém ajuda ninguém. E, afinal, gritos são normais por aqui.

- Vamos ajudá-los, eles sobreviveram ao ataque.

- Meu caro amigo Roberto, se nos seguir poderá conhecer o belo, ou apenas o nada, mas saiba que é uma aposta. Se ajudarmos alguém poderemos ser libertados dos nossos pecados, ou, então, achar o paraíso real.

- Francisco e João, eu vou com vocês porque preciso protegê-los. Mas fiquem sabendo que não concordo com essa loucura.

- Yes!

E lá se foram os nobres vagabundos amigos. O rumo só Francisco sabia, mas João lhe dava forças e empolgação, enquanto Roberto permanecia calado.

“O grito veio do caminho das pedras, o lugar onde nunca tivemos coragem de explorar”, Francisco alertou aos amigos, que não hesitaram e adentraram no caminho desconhecido. Era um caminho estreito cheio de antigas edificações tomadas pelas florestas. Não se ouvi nada no caminho apenas o eco dos passos dos vagabundos.

“Deus do o que o que é isso?”, João se assustou ao ver um pequeno cipó no chão e o confundiu com uma cobra. Roberto riu, sem fazer provocações o sensato vagabundo limpou o caminho. “Venham é seguro. Eu só não sei para onde é que vamos fugir.”

Daqui até a eternidade


Entre eu e o resto,
você.
Carinhos e sorrisos.
Um período indeterminado
e só amor.
Com tantas opções,
preferimos a nós.

Comparar é besteira.
Vejo os mesmos erros meus
em você.

Quanta relevância.
Quanto egoísmo.
Quanto amor.
Quanto carinho.

Coisas que não deveriam lhe dar
são as frases sem nexo.
Um sentido falso com dor.
Endiabradas e sem mel.

Luto contra os meus demônios
Hora ganho, hora perco.
São coisas da vida.
São coisas entre nós.

Com vitórias e derrotas,
eu diria que tudo está em paz.

Daqui até a eternidade, meu amor.

Eu, eles e nós

Dois ou três passos.
Um olhar e um cumprimento.
Sorriso?
Sorte, em um dia comum.

O expediente.
Um dia quente de notícias.
Uma frase.
“Defendi a minha tese?”

Anos e meses
de olhares distantes.
Amizade por acaso.

Cotidiano de ódio.
Não é real.
É incrível.
Calma,
eles não são como nós

Wednesday, May 07, 2008

Arrumou os óculos, tirou o cabelo da testa e disse: “Muleque, vamo cola na Agustera?”

Primeiros dias de aula na faculdade de Jornalismo. Fiz algumas amizades com umas meninas doidas. Tudo muito empolgante, regado a pinga com limão.
Mas foi em frente ao bar que conheci um tremendo de um bobão, mas que, com certeza, o seu nome vai estar em livros nas estantes dos mais vendidos. Pensei: com esse jeitinho de falar devagar e escrito Fresno no seu All-Star, esse cara é viado.
De uma frase do revolucionário Che Guevara, surgiu o apelido. Ele pronunciava a frase de modo engraçado. “Terrrrrnura”, era assim que ele dizia. A mais doida das amigas que fiz, disse: “aeee vo te chama de terrr”. O apelido virou uma identidade de Ternura.
A primeira pinga. Em um dia normal de aulas, alguns amigos liderados por Ter decidiram tomar uma com limão. O resultado foi obvio. Entraram na aula com o bafo de cachaça e a cabeça longe da terra. Um deles até gorfou no banheiro. A professora, Marli, ficou chocada com a situação, mas nada fez a respeito.
Em trabalhos da faculdade fui salvo por ele muitas vezes. Sem querer querendo, abusávamos da boa vontade e ‘inteligência’ do Ter. Claro, o cara fazia os trabalhos muito rápido e com qualidade. Aprendi muito. “É eu to terminando o site, você só precisa fazer um texto simples, se quiser eu te ajudo.” Era bem ao estilo Joe Ramone, humilde e eficiente, simples e rápido.
O entrosamento com a galera do futebol (turminha do amendoim) afastou o Ter dos locões. Por pouco tempo. Ter conseguiu unir os loções com os amendoins.
Anos atrás tentamos firmar uma parceria em um projeto de blog que fracassou. A nossa idéia de criar um blog que publicasse textos de filosofias de botecos, até foi posta em prática, mas com o tempo perdemos o foco. Esse era o tão falado “Horizontes-Perdidos”. Uma brisa intensa.
Venho reparando em textos emocionantes, que o Ter escreve. Neles, é possível se sentir em histórias de filmes que passam na tua rua. É fantástico. Os personagens, fragmentos de sua personalidade, aparecem como você gostaria que eles estivessem. Recomendo à vocês que, leiam essas coisinhas e prestem bem atenção no coração de tolo, que o Ter tem. Isso não é uma história é só um comentário.
Arrumou os óculos, tirou o cabelo da testa e disse: “Muleque, vamo cola na Agustera?”

Thursday, April 17, 2008

O que adianta ter dinheiro e ser um puta pau no cú?


Por quê? Eu tinha mais uma bela critica a fazer, então me indaguei, por quê? Qual minha real intenção em criticar essas pessoas? Por que dou tanta importância para elas? São pessoas que conseguem me causar ódio e irritação, mas, na verdade, eu queria ignora-las.

Sem definições técnicas, mas com avaliações funcionais eu definiria isso como um ‘descarrego’. São sim demônios, que precisam ser expelidos. Só que, nesta situação o blog faz o papel do pastor.

A arte de ignorar pessoas como as que descrevi nos textos a baixo é difícil para mim. A ‘uruca’ e o ‘mau olhado’ que eles transmitem são pragas sob a minha pessoa. Por claros motivo sócias eu não posso encher a cara delas de porrada ou, então, soltar o verbo. Fico frustrado pela diplomacia e a obrigação social.

Nossa como sou fraco. Não, não vou encarar assim. Simples rápido. O imbecil que quer me provocar vai ter que penar para isso acontecer. O filinho do patrão que tem pura inveja, porque sabe do meu potencial, não vai mais me atingir.

O que adianta ter dinheiro e ser um puta pau no cú? O que adianta estudar para ser superior? O que adianta viver num mundinho de plástico? Vai se fuder.

Tuesday, April 15, 2008

Por que ser um cusão


São dores de cabeça constantes. Não sei porque, mas só pessoas dispostas passam por isso. A situação é a seguinte: um bom cidadão, dedicado e que busca crescer não é reconhecido, enquanto verdadeiros ‘patetas ambulantes’ chegam a cargos de confiança e muita responsabilidade.
Zé (o bom cidadão) dedica tua vida a nobre empresa em que trabalha, chega antes do horário e vai embora após o expediente. Sua produção é excelente, claro que existem queixas sobre ele, mas como ninguém é perfeito o Zé está entre os mortais.
Quem conhece o Zé de perto sabe do que ele é capaz, mesmo com seu jeito desbocado e relaxado, ele é brilhante, sem prepotências ou puxa saquice. Não a nada de que ele não de conta, o famoso ‘pau pra toda obra’.
A diretoria é cruel e burra, não sabe separar amizade de trabalho. Os imbecis (grandes amigos da diretoria) são eleitos capitães por unanimidade única. Roubar pirulito de uma criança é fácil, como diz o ditado, agora, o capitão é enganado pela criança. O capitão comete erros primários, a critica os considera um grande ponto de interrogação, pois, já que seria impossível cometer estes erros, a explicação é ser inexplicável. Mas não é o caso, a explicação é burrice mesmo.
O ‘pateta’ acredita ser o dono da bola, o mestre, isso é para fracos e inseguros.
O Zé permanece com sua dedicação e eficiência e o que recebe são estranhamento e cobranças didáticas. Algo inexplicável.
Para entender o que estou falando pense na política e seu eterno cenário corrupto. Aliados somam pontos e pontos somam dinheiro.
O que você entende de tudo o que eu falei? Eu entendo da seguinte forma seja político e bem cusão e assim será bem sucedido. Ah, e não se esqueça de ser extremamente antiético e achar que isso é malandragem. Obrigado, muito boa noite.

Monday, April 07, 2008

Não é por não dizer...


Bom dia. Esse é o dia. Mas que dia?
O dia comum. Um inferno a olhos nus.
É ele quem dilacera os sonhos?
Hum...
Antes do início, vem o fim.
Com chances esgotadas, tentar de novo é besteira.
Os sucos em pó já nos dizem o resultado.
O sonho começa com fim.
A maioria vetou a nossa voz?
Hum...
Tenha uma boa estratégia. Una os seus aliados.
Junte os interesseiros e sem partidos.
Assim, terá o veto final.
Como contradizer a maioria?
Hum...
Não é por não dizer que os sonhos foram vendidos,
que eu não saiba a verdade.
Qual é a verdade?
Cá entre nós, ela é a mentira.
A mentira contada por bons corações,
que seguem os costumes.
Hum...
Não é por não dizer que eles são queridos pela maioria,
que eu não saiba de....